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Motivos para brincar


Por Christiane Angelotti


Muitos adultos tendem a desprezar as brincadeiras infantis, acreditando que a função delas é mera distração, algo que as crianças fazem que é fácil e descomplicado. Há até uma velha expressão que diz "brincadeira de criança", transmitindo a ideia de alguma tarefa ou desafio muito simples. A verdade é que a tal "brincadeira de criança" é muito mais complexa e importante do que muitas pessoas conseguem imaginar.

A maneira como as crianças brincam pode influenciar seu desenvolvimento emocional e ajudar a moldar seus interesses e interações ao longo da vida. Logo, podemos afirmar que as crianças não estão "apenas" brincando, estão fazendo importantes descobertas sobre como o mundo funciona e como conviver com as outras pessoas.

Listamos aqui seis razões pelas quais o tempo livre para brincar é fundamental para as crianças. Confira!

A brincadeira na hora do recreio

Por Christiane Angelotti

O que há de tão especial na hora do recreio? Não é preciso pensar muito para responder, a resposta dada pelas próprias crianças é quase sempre a mesma: o brincar. O brincar livre, espontâneo, que promove socialização, diversão, criação.

No recreio as crianças relaxam da rotina de sala de aula, interagem livremente com os amigos e ainda comem algum lanche gostoso. Muitas vezes é o único momento na escola em que elas podem fazer suas próprias escolhas: do que e como vão brincar, de quem irão se aproximar, entre ouras. 

O recreio é um momento significativo na vida da criança e por isso deveria ser tratado com mais atenção. A escola é também um lugar de socialização e promover esse tempo, ter atenção e ensinar a criança e o jovem a lidar com conflitos também é tarefa da comunidade escolar. Além dos eventuais conflitos que podem acontecer e serem evidenciados na hora do recreio, há também o isolamento de alguns alunos que, seja por timidez ou por sofrerem bullying, devem ser acompanhados de perto.


Livro tem idade?

Por Dolores Prades

interesse sobre Livros sem idade tem sido recorrente entre as solicitações de leitores da Revista Emília. A preocupação com as questões em torno das idades no livro para crianças e jovens está no ar, não resta dúvida.

É  natural que, com a intensificação da reflexão sobre o livro infantil e juvenil e sobre todos os temas em torno da formação de leitores, e a busca progressiva pela sua desinstrumentalização, algumas das práticas em uso, alguns rótulos passem finalmente a ser questionados. A mudança de critérios de valoração, do próprio entendimento do significado e abrangência do livro e do que seja esse leitor, implicam e pressionam para uma revisão de velhos procedimentos e praticas. 

A difícil e deliciosa relação de hoje entre pais e filhos


Por Vanessa Ratton

Quando eu fui mãe, aprendi o quanto é difícil exercer o papel. A relação entre pais e filhos tem mudado muito, assim como os valores sociais evoluíram, trazendo coisas boas e ruins. A forma como educamos nossas crianças tem uma importância muito grande no comportamento social de toda uma geração. Cada um de nós é responsável pelo ser humano que gerou e seu comportamento refletirá na sociedade futura. Não é culpa apenas da política, da economia ou da cultura se algo der errado, e principalmente, de nossos pais! É preciso ter diálogo em casa e isso dá um trabalho danado, porque diferente da discussão, que quer impor a sua verdade. O diálogo pressupõe ouvir o outro, se colocar no lugar dele, entender suas necessidades e fazer com que ele lhe ouça também e entenda as suas. E isso não quer dizer que tudo ficará um paraíso.

O Folclore e as tradições populares

Por Christiane Angelotti

“Um homem é invariavelmente a soma de muitos homens que nele vivem.”
(Luis da Câmara Cascudo)

Folclore não se resume a festas típicas, também não se trata de uma data comemorativa marcada no calendário (22 de agosto), muito menos se resume a meia dúzia de lendas de personagens como o Saci-Pererê e a Mula-sem-cabeça.

O folclore é dinâmico, se renova constantemente, fala do passado, mas também do presente.  É o retrato da cultura de um povo e ajuda a contar a sua história.

É chamado de folclore o conjunto de práticas, histórias e tradições que pertence a um determinado povo e foi espalhado oralmente, passando de geração em geração, resistindo ao tempo. É também chamado de cultura popular tradicional.

Em qualquer parte do mundo, de países desenvolvidos a países subdesenvolvidos, todos os povos têm um repertório de práticas populares.

Por que as escolas deveriam levar a música mais a sério

Por Michele Müller

Kate Greenaway: The pied piper of Hamelin
Não demorou muito para que as transformações vindas com o livre acesso à informação fossem ecoadas no sistema educacional, trazendo a necessidade de revermos muitos aspectos dos métodos tradicionais. Neste momento em que o conteúdo tende a ceder importância ao ganho de habilidades mentais, algumas práticas antes deixadas em segundo plano encontram a brecha para ganhar papéis de destaque na educação.

Há muito se fala dos reflexos do ensino da música no aprendizado de outras capacidades, como o raciocínio lógico abstrato. Mas apenas nas últimas décadas, com as facilidades tecnológicas, a neurociência está conseguindo comprovar que o conhecimento musical provoca alterações na estrutura do cérebro que, de fato, trazem ganhos importantes em outras áreas intelectuais.

Fake news, questionar é preciso

Por Christiane Angelotti

Fake news: Notícias falsas com alta capacidade de viralização.

Atualmente, as fake news são as grandes vilãs das redes sociais. Muitas pessoas não conseguem identificar informações errôneas, feitas na maioria das vezes de modo proposital com uma finalidade específica (por exemplo, no campo político).

Na minha experiência pessoal, tudo, absolutamente tudo, eu questiono e vou pesquisar. Isso é uma característica muitas vezes boa, mas que já me gerou muito sofrimento, desavenças, porque saio da minha zona de conforto e acabo mexendo com o "conforto" dos outros também. Hoje acho que lido bem com a questão e faço dela um combustível profissional.
Antes de compartilhar algo no WhatsApp ou no Facebook, pesquise sobre os assuntos e veja se aquelas informações são verdadeiras.
Na área da Educação, na qual atuo, as denominadas fake news podem ser trabalhadas para ajudar a desenvolver o senso crítico nos alunos. Vemos uma notícia e nos questionamos, nos perguntamos, identificamos a falta de lógica nela e damos início à pesquisa de forma coletiva. É uma desconstrução do discurso unilateral no qual o professor passa o conteúdo como verdade absoluta. Então, o aluno é instigado a pensar, refletir, decidir e todos aprendem o tempo inteiro. A investigação, a curiosidade e o questionamento são os propulsores fundamentais para a aprendizagem.

As fake news vêm causando grandes danos, contudo, se estimularmos as pessoas a se perguntarem sempre sobre a validade das informações que leem, contribuiremos para uma sociedade mais esclarecida e apta a tomar decisões.